quarta-feira, 28 de março de 2012

O Peixe...


Tendo por berço
o lago cristalino,
folga o peixe
a nadar todo inocente.


Medo ou receio
do porvir não sente,
pois vive incauto
do fatal destino.


Se na ponta de
um fio longo e fino
a isca avista,
ferra-a inconsciente,


ficando o pobre
peixe de repente,
preso ao anzol
do pescador ladino.


O camponês também
do nosso Estado,
ante a campanha eleitoral:
Coitado.


Daquele peixe tem
a mesma sorte.
Antes do pleito:
festa, riso e gosto.


Depois do pleito:
imposto e mais imposto…
Pobre matuto do
Sertão do Norte.

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